Tecnojuventude
Certo dia quando estava indo ao mercado, passei na frente de uma casa em
que havia uma discussão entre uma mãe e um filho. A mãe brigava e gritava com
seu filho para que desligasse o seu computador, mas o garoto resistia e tentava
falar mais alto. Passei pela casa rindo.
Pouco antes de chegar ao
mercado me deparei com uns adolescentes de mais ou menos 12 ou 13 anos que
escutavam música no celular e balançavam suas cabeças para cima e para baixo de
acordo com o ritmo. Até tentei fazer igual, mas não deu muito certo.
Entrei no mercado me
lembrando da chuva de risadas que levei dos rapazes. Fui até um corredor que
estava repleto de caixas de cereal, peguei
uma, fui até o caixa, que era um rapaz já quase adulto que usava um
cabelo que é conhecido por “moicano”, e também mastigava um chiclete de boca aberta,
perguntei o preço do produto a ele, mas ele não pode me ouvir e nem me dar
atenção, pois estava escutando música em seu mp4.
Saindo
do estabelecimento avistei um garoto que perguntava a sua mãe se ele tinha
vindo de uma cegonha virtual, a mãe estava constrangida e parecia não saber o
que dizer.
Resolvi pegar um ônibus
até minha casa, pois minhas pernas doíam e eu estava cansado de andar.
Quando
entrei no conhecido por “busão” me sentei num banco logo atrás de um velhinho
que fedia muito, suas roupas eram velhas e fora da moda, no entanto em seu
bolso havia um enorme “smartphone”, mas o pior é que tive que aguentá-lo até o
meu ponto de parada.
Após
chegar em casa, preparei um cereal e fui assistir televisão, naquele momento
passava uma reportagem sobre como a tecnologia está influenciando negativamente
na vida de jovens e adolescentes e como um tal de “facebook” está causando
problemas.
Fiquei meio confuso ao assistir
aquela reportagem, até porque nunca tinha ouvido ninguém reclamar da rede social, mas sim
elogiá-la e dizer que é a nova moda e que todos possuem.
No
fim das contas fiquei com medo do site, não tive alternativa, deletei meu
“face” como também é conhecido para abreviar, agora criei uma conta no
“instagran” que me parece mais seguro.
Achei está cronica muito boa. Conforme a realidade nos mostra. Parabéns Mikael Francisco!
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